Preocupação na volta ao trabalho

Depois de um período de férias, em que me afastei de tudo, retomo às letras deste blog. E na volta uma preocupação: Estaremos entrando em uma Ditadura do Judiciário? Eu explico.

O Projeto popular, denominado "Ficha Limpa", recebeu algumas alterações na Câmara dos Deputados. A que mais me arrepia os cabelos é que pessoas condenadas em qualquer processo, em primeira instância não podem ser candidatos.

Nossa constituição, forjada à duras penas em 1988, deixa bem claro que todos somos inocentes até que se prove o contrário. Quem atua no jornalismo sabe que decisões em primeira instância podem ser alteradas em instâncias superiores. Então uma pessoa que não paga pensão alimentícia não pode se candidatar? Mesmo que os valores da pensão aina estejam sendo debatidas em uma instância superior?

Se não bastasse isso, vivemos em um país em que a corrupção é quase uma epidemia. Seria utópico imaginar que no Judiciário não há nenhum corrupto. Então, ficaria terrivelmente fácil eliminar a candidatura de um adversário político.

Sou a favor que pessoas condenadas não possam ser eleitas. Mas, deixem o processo correr seu curso normal, e se depois da última instância o sujeito for mesmo culpado, acrescente-se a pena a cassação de direitos políticos.

Marcelas Owens

Ao olhar o título desse post você deve estar se perguntando: quem diabos é Marcelas Owens? Para ajudar vou dar algumas dicas:

1. Não é nenhum tipo de celebridade
2. Não é nenhum BBB
3. Não joga em nenhum grande time de futebol
4. Não joga em nenhum pequeno time de futebol.
5. Em hipótese alguma pense que são várias garotas com o nome Marcela e vários garotos com nome Owen.

Acertou? Marcelas Owens é um garotinho negro, de 11 anos, nitidamente acima do peso e com aquelas bochechas que as tias adoram apertar. Esse moleque esteve ao lado de Barack Obama durante a assinatura da lei que criou uma política pública para a saúde nos Estados Unidos, tipo o que no subdesenvolvido aqui existe desde 1988.

O que o tal Marcelas fez para estar lá? Antes disso, vamos voltar no tempo. Se imagine criança, com 10 anos. Você começa a ver sua mãe tossir desesperadamente. As dores nas costas, na altura dos pulmões vai aumentando. Sua mãe com certeza é a principal figura feminina e a mulher que você mais ma no mundo. E você vê ela enfraquecendo, perdendo as forças. A solução? Ir ao médico.

Aqui no Brasil, mesmo sem plano de saúde ela seria atendida pelo SUS. Com certeza iríamos reclamar do atendimento, da demora, da estrutura do hospital... Mas, o atendimento viria. Mas, o Marcelas e a mãe dele moram nos EUA, o país mais desenvolvido do mundo, a terra das oportunidades. E eles, pobres e negros, não tinham um seguro saúde. O garotinho viu a mãe definhar por causa da doença até morrer.

Assim como essa família, existem 32 milhões de pessoas sem assistência médica por lá. Pessoas que se não arrumassem dinheiro para o médico morreriam por causa de doenças banais. Finalmente alguém teve coragem para peitar essa história toda.

Aí é que entra a insanidade desse mundo. Dar assistência médica aos pobres gerou polêmica por lá. Tem muita gente que é contra (de verdade mesmo, juro que não é pegadinha do Malandro). Essa turma prefere ver as pessoas morrerem do que ver o (Bicho papão malvado) Estado interferindo na vida do cidadão.

É... tem coisas que nem se esforçando muito dá para entender!

Um novo começo

Confesso que apesar do apreço pelas letras sou um preguiçoso inveterado. Já tentei escrever blogs e sempre fui vencido pela irresistível vontade de não fazer nada.

Mas, as situações exigem não só textos, mas gritos. Não dá mais para entender as pessoas. A preocupação única é o próprio umbigo. Nesse mundo insano vai ficar cada vez mais difícil a existência do bicho homem.

De acordo com as contas, a população do mundo deve crescer até 2050. Cada vez mais essas pessoas se parecem com massas disformes se movendo sem nenhum sentido.

É sobre isso que falarei neste espaço fornecido pelo mundo www.